A introdução do churrasco nos costumes do Estado remonta à época quando os tropeiros cruzavam a região. A proximidade com o Rio Grande do Sul também influenciou o costume.
Todo sábado, os hóspedes do hotel do Rio do Rastro Eco Resort se reúnem no Galpão Crioulo para vivenciar uma festa campeira, típica da região. O ritual ocorre há nove anos e é uma maneira de transmitir aos turistas um pouco das tradições da Serra de Santa Catarina. No centro das atenções está um prato que muita gente não sabe que é típico da região: o churrasco feito no fogo de chão. Herança da corrente migratória dos tropeiros, o churrasco segue presente não apenas nas festas catarinenses, como é prato corriqueiro nas casas da população.
No século XIX, o território catarinense era cortado por tropeiros que faziam a travessia de gado entre São Paulo e o Rio Grande do Sul. Durante as pausas rápidas para descanso, os animais eram abatidos para alimentar as tropas famintas e o churrasco era preparado em fogo de chão e temperado com cinzas. Este costume da preparação da carne na brasa aos poucos foi introduzindo-se à região.
A influência dos tropeiros nos costumes culturais ocorreu naturalmente. Eles deixaram sua marca, sobretudo, na culinária local, que, além das interferências de fora, de colonos e imigrantes, também foi influenciada pela cultura serrana e campeira. Este é o caso do feijão-tropeiro, do arroz de carreteiro e, claro, do churrasco com chimarrão, influência da proximidade com os gaúchos, misturado ao uso do delicioso fruto das araucárias, o pinhão.
Particularidades
Cada região de Santa Catarina prepara o churrasco de uma forma. Onde havia circulação de tropeiros, ele é preparado tradicionalmente. Peças grandes de carne de gado ou ovelha, no espeto de madeira assado direto na brasa ou no fogo de chão. Em outras regiões, como no litoral catarinense, muitas vezes, o churrasco é feito em filés com aproximadamente dois ou três dedos de espessura, que vão rapidamente ao fogo muito alto, o que deixa a carne macia e suculenta.
Cada região de Santa Catarina prepara o churrasco de uma forma. Onde havia circulação de tropeiros, ele é preparado tradicionalmente. Peças grandes de carne de gado ou ovelha, no espeto de madeira assado direto na brasa ou no fogo de chão. Em outras regiões, como no litoral catarinense, muitas vezes, o churrasco é feito em filés com aproximadamente dois ou três dedos de espessura, que vão rapidamente ao fogo muito alto, o que deixa a carne macia e suculenta.
Uma das especificidades do churrasco catarinense é a carne fresca. A carne bovina é curtida no sal por aproximadamente 12 horas antes de virar um suculento churrasco. Quem participa do ritual do Rio do Rastro Eco Resort tem a oportunidade de provar a iguaria. "Maturamos a carne de boi em um dia e apenas no dia seguinte ela vai para o espeto", relata Ivan Cascaes, proprietário do hotel. Lá o churrasco é feito tanto na churrasqueira normal quanto no fogo de chão, que nessa época em que predomina o frio, serve também para as pessoas se aquecerem. Entre os acompanhamentos servidos está a tradicional paçoca de pinhão.
O típico churrasco catarinense contém carne bovina, salsichão, ave e, em alguns momentos, a carne suína. O preparo catarinense envolve deixar as carnes como aves e suínos em tempero de um dia para outro em uma vinha d'alhos. Esta herança é decorrência da influência da colonização italiana, que trouxe este costume para o preparo do churrasco catarinense.
Churrasco não é tudo igual
Apesar da proximidade, a maneira catarinense de preparar a carne difere da gaúcha
Nenhum comentário:
Postar um comentário